Ode à suavidade

Filha da doçura, que alimenta tua beleza com tua imensa brancura. Teu esplendor é suave como nenhuma gota da água mais cristalina sabe ser, talvez nem tú conheças a alquimia da tua essência. Tua delicadeza, essa tua força invertida, seduz quem te ouve, e tranforma qualquer brutalidade em adorno de teu tom contrastante, tú que te opõe às coisas ásperas. No mundo és solitária, porque és única de tua espécie. És como uma flor frágil, como as pequenas flores que brotam em plantas rasteiras. Mas dentre as expedições perigosas em caça das complexas e exulberantes orquídeas, só quem é suficientemente sensível percebe você, o pequeno musgo, que fica preso na terra e da terra se alimenta, carregando dentro de si o segredo da verdadeira beleza, a de experimentar em teu íntimo todo sabor do universo, você, minha querida Fernandinha, e teus belos versos.

Te admiro porque és tão maior que eu, e mesmo assim me quer.

3 comentários:

Anônimo disse...

suas palavras são tão suaves que soam à minha retina agora um jardim florido num dia de primavera chuvosa onde o orvalho encanta cristalino. parabéns!

Anônimo disse...

Com que olhos experimentas a companhia das pessoas, meu anjo... por isso me conquistas!

Thalita Covre disse...

Parecia uma música... era uma ode?
Admiração. Não me cansod e te adimirar.