É que venho de bares febris em uma era gelada. Aquilo que o coração bombeia destoa daquilo que a pele vibrando, fala. O sorrizo, que sempre é duplo, transforma a vóz sombria, diabólica em errada. Entenda meu bem que minha sorte é pouca e embora minha verdade tão clara, minha trajetória é imprevisivel, meu suspiro não se precipita, minha reta mesmo torta nunca pára. Se corro é porque sou urgente e se meu pouco é insuficiente, minhas mãos novas formas hão de inventar. E no fim do expediente, a única coisa que preciso é um solitário blues na jukebox a tocar, fechando mais uma noite na mesa daquele mesmo bar.

3 comentários:

Priscila Milanez disse...

Muiiiito bom, Natali! Mesmo!!!! beijos

Unknown disse...

que a desnudez seja a vez de perder-se nos bares da escrita, para mais encontrar-se com a aberta fachada das engrenagens de nuvens, montagens de viagens, e já somos plumagens.
saudações,
b
luis de la mancha

Cleice Souza disse...

Mesmo quietinha, eu estou sempre por aqui.

Adoro o seu jeito de escrever.Mesmo.

( E não posso deixar de agradecer pelo comentário lá no blog, eu realmente fico muito feliz com isso.)

Um beijo,moça!