Andou passo a passo pelo longo e escuro corredor. Havia uma parca iluminação que vinha das frestas de rasgos que o tempo infligiu nas janelas laterais, uma brisa fazia as cortinas flutuarem, tornando o percurso ainda mais calmo. Todos os movimentos do casarão naquela hora do dia eram assim, lentos como cortinas a flutuar. Era o crepuscular com seus minutos de magia, a transformação das cores... Ela andou com cuidado até a janela que ficava ao fim do corredor, uma grande janela que permanecera por certo tempo fechada. Ao abri-la o vento acariciou-lhe os cabelos e ela pôde finalmente reviver a antiga paciência de quem se lembra para onde vai.
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