Minha mais plena expressão de paz eu só encontro em sua inexpressiva face, meu amor. Pois foi você quem me salvou do desespero assassino em que eu vivia. Foi desejando, desesperadamente, seus olhos, seus negros olhos caídos, repousando em meu corpo que pude olhar e ver a beleza que jaz na tristeza. Já tentaram me dizer que “tristeza não é amargura”, mas foi te vendo que entendi, entendi quanta beleza cabe em sua natureza solitária. Como é nobre teu silêncio. Antes de ti não posso dizer que percebia o sabor dos sentimentos. Eu não sentia. Uma ansiedade me tomava completamente quando estava diante do que quer que fosse. Sentia-me demasiadamente sufocada pela ânsia de ter, e não saboreava os sutis gestos ternos que recebia. Eu sequer degustava meu desejo. Mas tua presença me deu asas e tua solidão me deu conforto. Deu-me qualquer tom felino que possuis. Qualquer independência não sei de quê. Talvez da tirania das emoções. Agora sei que toda dor não passou de algo natural em qualquer transição. Porque “a aproximação do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente – atravessando inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar”. Obrigada por me permitir te amar.
5 comentários:
que coisa linda...uma amor que brota da alma e se mostra nas palavras.
que declaração heim?
(...)
(longos e agudos suspiros).
Estranho seria se eu não me apaixonasse por você... Entende agora? Comigo, tudo é tão confuso... mas tem que ser assim. Não te admiro por tua paciência, insistência ou coisas do tipo. Tenho você dentro de mim porque vc mergulhou nesse abismo escuro que sou eu e voltou uma outra pessoa, ainda que com novos arranhões. Sua generosidade e profundidade são o melhor de vc, minha flor.
Nataliiii, adorei!!!
:p
Seus blogs já estão salvos no meu histórico! hehehe!
bjim gatinha!
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