Poema de Escritório

A mosca copula com a lâmpada

A lâmpada ilumina a sala

A sala não comporta o tamanho

Daquilo que minha boca cala.

É pesado tamanho do tempo

Que aqui dentro se resguarda

O dia se findando pra lá da porta

E a gente aqui como em senzalas.

É frio o clima de dentro

Lá fora o sol arde

Aqui congela-se os sentimentos

Que lá fora nos individuos invade.

2 comentários:

Priscila Milanez disse...

Bonito, Natali!

Patricia disse...

me dirijo diariamente a uma senzala sem janelas...
não vejo sol, chuva, pessoas, pássaros remanescentes. não sinto calor nem frio e muito menos a vida que passa enquanto finjo viver.
quero muito te ver gata! muito mesmo!